Por que o Trauma Está Relaxando Você? Uma Análise Profunda com Base na Neurociência e Psicologia

Por que o Trauma Está Relaxando Você? Uma Análise Profunda com Base na Neurociência e Psicologia

Entender por que o trauma pode ser relaxante para algumas pessoas requer uma análise profunda da neurociência e psicologia. O corpo e a mente podem se tornar habituados ao estresse, confundindo paz com tédio e criando um ciclo de busca por adrenalina. Portanto, superar isso exige esforço consciente e, muitas vezes, a ajuda de profissionais especializados.

A Fascinação pelo Tensão, Crimes e Violência nas Séries e Filmes

Se você é alguém que encontra lazer em maratonar filmes e séries repletos de tensão, crimes e violência, pode estar se perguntando: por que o trauma está relaxando você? Este questionamento, abordado pela Dra. Thema, professora, especialista e pesquisadora no cuidado informado sobre trauma, revela insights profundos sobre como nosso corpo e mente reagem ao estresse.

A Neuroquímica do Estresse: O Corpo Acostumado ao Trauma

O nosso corpo pode se tornar habituado à neuroquímica do estresse. Ou seja, durante períodos prolongados de exposição ao estresse, o corpo aprende a funcionar com níveis elevados de hormônios do estresse, como o cortisol e a adrenalina. Dessa forma, esta adaptação pode levar a um estado constante de hipervigilância. Ou seja, onde a pessoa está sempre pronta para enfrentar ameaças, reais ou imaginárias.

A Neurociência por Trás do Vício em Tensão

A resposta do corpo ao estresse envolve uma série de processos neuroquímicos que podem se tornar aditivos. Portanto, quando estamos em situações de alta tensão, nosso cérebro libera uma mistura de substâncias químicas que nos mantêm alertas e preparados para a ação. Esta combinação pode se tornar uma fonte de prazer para o cérebro. Ou seja, criando um ciclo de busca por mais estímulos de alta tensão para manter esse estado de alerta.

A Procrastinação e a Hipervigilância

Muitas pessoas que vivem em constante estado de estresse relatam altos níveis de procrastinação. Esta procrastinação não é a mesma que todos experimentamos ocasionalmente. Portanto, trata-se de um nível que realmente coloca a pessoa em risco, onde ela começa várias tarefas e não as conclui, perde rapidamente o interesse e salta para outra atividade.

O Impacto nos Projetos e Relacionamentos

Este comportamento afeta não apenas projetos profissionais, mas também hobbies e relacionamentos pessoais. O indivíduo acostumado à hipervigilância tem dificuldade em encontrar consistência e pode achar ambientes estáveis e saudáveis entediantes. Este padrão pode levar a ciclos repetitivos de começar de novo, seja em empregos, projetos ou relacionamentos, sem alcançar uma satisfação duradoura.

A Confusão Entre Paz e Tédio

Quando nosso sistema nervoso se ajusta a funcionar sob constante estresse, podemos facilmente confundir paz com tédio. O corpo e a mente, acostumados à excitação constante, podem achar a calma desconfortável. Esta confusão pode dificultar a adaptação a ambientes saudáveis e enriquecedores, fazendo com que pareçam menos atraentes ou até mesmo tediosos.

O Trabalho de Redefinir a Normalidade

Para superar essa tendência, é essencial um trabalho consciente para ajudar o corpo, a mente e o cérebro a redescobrirem o conforto e a segurança em situações calmas. Isso pode incluir práticas de mindfulness, terapia cognitivo-comportamental e outras técnicas que ajudem a recalibrar o sistema nervoso para reconhecer e aceitar a paz como algo positivo e não ameaçador.

A Busca por Adrenalina: Um Ciclo Vicioso

Muitas pessoas saem de relacionamentos abusivos ou trabalhos desrespeitosos e adoecedores, apenas para encontrar dificuldades em se adaptar a situações mais estáveis. Isso ocorre porque seus corpos e mentes estão acostumados a funcionar em estado de alta tensão. Esta busca constante por adrenalina cria um ciclo vicioso, onde a pessoa se sente mais confortável em situações de conflito do que em ambientes pacíficos.

Como Quebrar o Ciclo

Quebrar esse ciclo exige um esforço significativo e contínuo. Envolver-se em atividades que promovam o relaxamento, como yoga, meditação e exercícios de respiração, pode ser crucial. Além disso, procurar ajuda profissional de terapeutas especializados em trauma pode oferecer ferramentas e estratégias para redefinir a resposta do corpo ao estresse.

A Neuroquímica do Estresse

O nosso corpo tem a capacidade de se acostumar com a neuroquímica do estresse, um estado em que hormônios como a adrenalina e o cortisol são liberados frequentemente. Esse estado constante de hipervigilância se torna familiar, e qualquer coisa menos intensa pode parecer entediante. Esse fenômeno explica porque muitas pessoas que saem de relacionamentos abusivos ou ambientes de trabalho tóxicos têm dificuldade em se ajustar a situações mais estáveis e saudáveis.

A Procrastinação e a Busca por Estímulos

Quando nosso corpo está habituado a altos níveis de estresse, tendemos a procrastinar de maneira mais severa do que a simples busca por prazer e evitação de tarefas desagradáveis. Essa procrastinação profunda coloca a pessoa em risco, pois impede a conclusão de projetos e compromissos, tanto profissionais quanto pessoais. O indivíduo constantemente busca novos estímulos, abandonando rapidamente o que começou, em uma tentativa de manter o nível de estresse que se tornou confortável.

A Confusão Entre Paz e Tédio

Para muitas pessoas, especialmente aquelas com histórico de traumas, a paz pode ser facilmente confundida com tédio. Isso ocorre porque o sistema nervoso se acostumou a funcionar sob constante tensão. Quando a vida se torna mais calma e previsível, o cérebro pode interpretar essa tranquilidade como falta de estímulo, gerando inquietação e a busca por novas fontes de estresse. Esse ciclo vicioso pode ser prejudicial, dificultando a adaptação a ambientes mais saudáveis e relações enriquecedoras.

O Desafio da Adaptação a Situações Saudáveis

A transição de um ambiente estressante para um mais saudável requer um trabalho significativo para reprogramar o corpo, a mente e o cérebro. A pessoa precisa reaprender a sentir conforto e segurança na ausência de conflito e tensão. Isso muitas vezes exige terapia e técnicas de autocuidado que ajudem a redefinir o que é percebido como normal e agradável.

O Papel da Terapia no Reajuste Emocional

A terapia desempenha um papel crucial nesse processo de adaptação. Profissionais treinados podem ajudar as pessoas a entenderem suas respostas ao estresse e a desenvolverem estratégias para gerenciar a ansiedade e o desconforto que surgem em situações calmas. Técnicas como a Terapia cognitivo-comportamental (TCC), EMDR e Brainspotting são particularmente eficazes para ajudar os indivíduos a reestruturar seus padrões de pensamento e a responder de maneira mais saudável às situações cotidianas.

Conclusão

Por fim, entender por que o trauma pode ser relaxante é um passo fundamental para reprogramar o corpo e a mente a buscar e apreciar a tranquilidade. Ou seja, reconhecer os padrões de comportamento e tomar medidas conscientes para mudar esses hábitos é essencial para uma vida mais equilibrada e saudável. Dessa forma, ao adotar estratégias como mindfulness, exercício físico, rotinas saudáveis. Bem como, atividades criativas, é possível encontrar conforto na paz e desfrutar de uma vida mais plena e satisfatória.

Psicóloga Betila Lima: Especialista em tratar traumas -- Psicoterapia para tratar traumas com abordagens: Brainspotting, EMDR e Cognitivo-Comportamental. Experiência na libertação feminina.
Psicóloga Betila Lima: Especialista em tratar traumasPsicoterapia para tratar traumas com abordagens: Brainspotting, EMDR e Cognitivo-Comportamental. Experiência na libertação feminina.

Sobre mim

Formada em Psicologia desde 2007, com formação em Neuropsicologia, Terapia Cognitiva Comportamental, Avaliação Psicológica, Terapia de EMDR e Brainspotting.

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