Liberdade é uma palavra poderosa, que desperta diversas interpretações e sentimentos. Para muitos, ela significa agir de acordo com sua própria vontade, sem restrições externas.
No entanto, a frase de Kobo Abe nos desafia a pensar além: “A liberdade não consiste só em seguir a sua própria vontade, mas às vezes também em fugir dela”.
O que é a verdadeira liberdade?
Em muitas situações, somos nossos próprios carcereiros. Criamos prisões internas a partir de medos, inseguranças e crenças limitantes. Mas, como podemos nos libertar dessas prisões invisíveis?
Como a terapia auxilia no enfrentamento das questões que nos aprisionam?
Antes de mais nada, é essencial reconhecer que a liberdade plena começa dentro de nós. Embora o mundo externo imponha desafios, as barreiras mais difíceis de superar costumam ser aquelas que nós mesmos criamos. Sentimentos de inadequação, culpa ou o medo de falhar podem nos aprisionar por anos, ou até mesmo por toda a vida. A terapia surge como uma poderosa ferramenta para nos ajudar a enfrentar e superar essas questões.
Primeiramente, em uma jornada terapêutica, o indivíduo é incentivado a se autoconhecer. A princípio, isso pode parecer desconfortável, já que envolve revisitar emoções e memórias que tentamos reprimir. No entanto, com o apoio de um profissional capacitado, como um psicólogo ou psicoterapeuta, essa jornada pode levar a uma transformação significativa. Além disso, a terapia oferece um espaço seguro para expressar medos e preocupações, permitindo que a pessoa desenvolva novas formas de lidar com suas emoções.
Ainda mais, existem diferentes abordagens terapêuticas, cada uma oferecendo estratégias específicas para ajudar no processo de libertação interna. Desde a tradicional psicoterapia cognitivo-comportamental, que trabalha a modificação de padrões de pensamento, até abordagens mais recentes como o brainspotting, que visam liberar traumas profundos armazenados no cérebro.
O que é brainspotting e como ele pode ajudar na busca pela liberdade?
O brainspotting é uma abordagem terapêutica relativamente nova, mas que já demonstrou resultados impressionantes. Criada por David Grand em 2003, essa técnica é baseada na ideia de que traumas e bloqueios emocionais ficam armazenados em determinadas áreas do cérebro. Ao identificar pontos visuais específicos – os “brainspots” – e trabalhar neles, o terapeuta ajuda o paciente a acessar essas áreas, liberando emoções e traumas profundamente enraizados.
Agora, você pode estar se perguntando: como isso se conecta com a busca pela liberdade? A resposta está no fato de que muitas das nossas limitações e prisões internas estão relacionadas a traumas do passado. Sejam eventos grandes ou pequenos, esses traumas moldam nossa forma de pensar e agir, muitas vezes de maneira inconsciente. Com o brainspotting, é possível acessar e liberar essas memórias, permitindo que a pessoa se desprenda de padrões emocionais e comportamentais negativos.
Ainda assim, a terapia não é uma fórmula mágica. O processo exige dedicação e coragem para enfrentar os desafios internos. Contudo, os resultados podem ser profundamente libertadores. Com o tempo, os pacientes relatam sentir-se mais leves, com maior clareza mental e emocional, e, acima de tudo, mais livres para viver suas vidas plenamente.
Quais são os sinais de que você está se aprisionando?
Agora, vamos refletir um pouco: você sente que está vivendo de acordo com seu potencial máximo? Ou sente que há algo que o impede de avançar, seja em sua vida pessoal, profissional ou emocional? A verdade é que muitos de nós criamos prisões internas sem sequer perceber. Aqui estão alguns sinais de que você pode estar se aprisionando:
- Medo de errar ou falhar: Evitar novas oportunidades ou mudanças por medo do fracasso é um dos maiores bloqueios que podemos criar para nós mesmos. Esse medo nos impede de explorar novas possibilidades e alcançar nosso verdadeiro potencial.
- Perfeccionismo: A busca incessante pela perfeição pode ser outra forma de prisão. Quando estamos constantemente preocupados com a necessidade de fazer tudo de forma impecável, acabamos nos tornando nossos próprios críticos mais severos.
- Crenças limitantes: Muitas vezes, internalizamos crenças negativas sobre nós mesmos, como “não sou bom o suficiente” ou “não mereço ser feliz”. Essas crenças, muitas vezes originadas em experiências passadas, podem nos impedir de buscar o que realmente desejamos.
- Falta de autoconfiança: Sentir-se inseguro sobre suas habilidades e decisões é outro fator que pode nos manter presos em um ciclo de inação.
Se você se identificou com algum desses pontos, pode ser hora de repensar o que está segurando você. Afinal, a verdadeira liberdade não é apenas a ausência de restrições externas, mas a capacidade de viver sem as amarras internas que nos impedem de ser quem realmente somos.
O que você está esperando para se livrar das prisões que você mesmo criou?
A liberdade é uma jornada pessoal. Não existe um caminho único ou uma solução instantânea. Contudo, ao reconhecer as prisões que criamos para nós mesmos e buscar ajuda, como mediante terapias transformadoras como o Brainspotting, podemos começar a trilhar o caminho para uma vida mais livre e realizada.
Logo, o que você está esperando? Talvez agora seja o momento ideal para dar o primeiro passo em direção à liberdade. Livre-se das barreiras mentais, emocionais e espirituais que o têm mantido estagnado. Busque ajuda, explore novas técnicas e permita-se viver a vida que sempre sonhou.
Por que a liberdade é essencial para o bem-estar?
Além dos aspectos emocionais, a sensação de liberdade está diretamente ligada ao nosso bem-estar geral. Quando nos sentimos livres, temos mais energia, clareza mental e disposição para enfrentar os desafios da vida. Por outro lado, a falta de liberdade – seja ela real ou percebida – pode levar ao estresse, ansiedade e depressão. Em outras palavras, a liberdade não é apenas um desejo; é uma necessidade para a nossa saúde mental e emocional.
Em conclusão, lembre-se de que a verdadeira liberdade não é algo que está fora de alcance. Ela começa dentro de você, ao liberar-se das amarras que o prendem. Portanto, busque ajuda, explore terapias inovadoras e permita-se viver com mais leveza e autenticidade.
Sou Betila Lima – Psicóloga
Formada em Psicologia desde 2007, com formação em Neuropsicologia, Terapia Cognitiva Comportamental, Terapia de EMDR e Brainspotting.
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