Dormir bem é mais do que apenas descansar: é ter uma vida melhor.

Dormir bem é mais do que apenas descansar: é ter uma vida melhor.

Dormir bem é mais do que apenas descansar: é ter uma vida melhor. Muitas pessoas subestimam a importância do sono, mas ele é essencial para a saúde física e mental. Antes de tudo, você tem dormido bem? Já se perguntou o que acontece no seu cérebro enquanto dorme?

Se você acha que dormir é “perder tempo”, pense de novo. Durante o sono, o cérebro passa por ciclos essenciais que afetam diretamente sua memória, suas emoções e até sua imunidade. Além disso, em apenas 90 minutos, o corpo percorre diferentes estágios do sono, incluindo o famoso estágio REM, onde ocorrem os sonhos mais vívidos. Ou seja, cada fase tem funções específicas que restauram corpo e mente.

Por outro lado, quando o sono é fragmentado ou insuficiente, os impactos vão além do cansaço acumulado. Como resultado, a privação de sono pode afetar a memória, a concentração e até aumentar o risco de doenças metabólicas e cardiovasculares. E o pior: a falta de sono adequado pode nos deixar emocionalmente instáveis e vulneráveis a quadros de ansiedade e depressão.

A boa notícia é que pequenas mudanças no estilo de vida e práticas de higiene do sono podem transformar a qualidade do descanso e melhorar significativamente a saúde.

Dormir bem é mais do que apenas descansar: é ter uma vida melhor.

O que a neuropsicologia nos ensina sobre o sono?

A neuropsicologia nos mostra que o sono não é apenas um estado de descanso, mas sim um processo ativo e fundamental para o funcionamento cerebral. Além disso, durante esse período, ocorrem processos de consolidação da memória, regulação emocional e eliminação de toxinas que se acumulam no cérebro ao longo do dia.

O ciclo do sono é dividido em diferentes estágios. Primeiramente, temos o sono leve (NREM 1 e 2), no qual o corpo começa a relaxar, a frequência cardíaca diminui e o cérebro reduz sua atividade. Em seguida, ocorre o sono profundo (NREM 3), essencial para a recuperação física e fortalecimento do sistema imunológico. Por fim, chegamos ao sono REM, fase dos sonhos, onde há intensa atividade cerebral. Nesse sentido, essa última fase é crucial para a criatividade, aprendizado e processamento emocional.

Por isso, dormir bem é indispensável para manter o equilíbrio das funções cognitivas e emocionais. Do contrário, a privação de sono pode afetar áreas do cérebro como o hipocampo, responsável pela memória, e a amígdala, que regula as emoções. Dessa forma, dormir mal pode nos deixar irritados, ansiosos e com dificuldade para tomar decisões.

Em quais momentos a insônia aparece?

A insônia pode surgir em diversos momentos da vida e por diferentes razões. Entre os principais gatilhos, destacam-se:

  • Estresse e ansiedade: Preocupações excessivas podem impedir o cérebro de entrar no estado de relaxamento necessário para adormecer.
  • Uso excessivo de telas: A exposição à luz azul de celulares e computadores à noite inibe a produção de melatonina, hormônio essencial para o sono.
  • Hábitos inadequados: Consumo de cafeína em excesso, refeições pesadas antes de dormir e horários irregulares atrapalham o ritmo circadiano.
  • Mudanças hormonais: Alterações hormonais, como as que ocorrem na gravidez, menopausa ou no envelhecimento, podem afetar a qualidade do sono.

A insônia ocasional pode ser normal, mas quando se torna frequente, pode indicar um problema mais profundo que precisa ser investigado.

Estamos vulneráveis quando estamos dormindo mal?

Definitivamente, sim. A privação de sono nos deixa vulneráveis tanto fisicamente quanto emocionalmente. O sono desempenha um papel essencial na regulação do humor, no fortalecimento do sistema imunológico e na manutenção do equilíbrio metabólico.

A falta de sono pode levar a:

  • Diminuição do foco e memória: O cérebro tem dificuldade em consolidar informações e processar aprendizados.
  • Aumento da irritabilidade e estresse: A amígdala, que regula as emoções, fica hiperativa quando estamos privados de sono, tornando-nos mais reativos.
  • Risco maior de hipertensão e doenças crônicas: Estudos mostram que noites mal dormidas aumentam os níveis de cortisol, o hormônio do estresse, que pode contribuir para doenças cardiovasculares.
  • Enfraquecimento do sistema imunológico: O corpo produz menos citocinas, proteínas essenciais na defesa contra infecções.

Ou seja, dormir bem não é apenas uma questão de se sentir descansado, mas sim de garantir um funcionamento adequado de todo o organismo.

Traumas e sono: qual a ligação?

A relação entre traumas e sono é profunda. Pessoas que passaram por eventos traumáticos frequentemente apresentam distúrbios do sono, como insônia, pesadelos recorrentes e despertares noturnos.

O motivo? O trauma ativa a amígdala e o sistema de resposta ao estresse do cérebro, dificultando o relaxamento necessário para um sono reparador. Além disso, experiências traumáticas podem ser revividas durante o sono REM, resultando em sonhos angustiantes e aumentando a ansiedade noturna.

A privação do sono, por sua vez, piora a capacidade do cérebro de processar e superar traumas, criando um ciclo vicioso: o trauma atrapalha o sono, e a falta de sono dificulta a recuperação emocional.

Como a terapia ajuda a tratar distúrbios do sono?

A terapia desempenha um papel essencial na investigação e no tratamento de distúrbios do sono. A abordagem terapêutica pode identificar as causas subjacentes do problema e ajudar o paciente a desenvolver estratégias para melhorar sua qualidade de descanso.

Dentre as técnicas mais eficazes, destacam-se:

  • Terapia Cognitivo-Comportamental para Insônia (TCC-I): Ajuda a reprogramar padrões de pensamento e comportamento que prejudicam o sono, sendo considerada uma das abordagens mais eficazes para insônia crônica.
  • EMDR e Brainspotting: Técnicas voltadas para o reprocessamento de memórias traumáticas que podem estar impactando negativamente o sono.
  • Higiene do sono: A terapia auxilia na criação de uma rotina noturna saudável, incluindo a redução da exposição à luz azul, alimentação equilibrada e horários regulares para dormir.

Além disso, práticas como mindfulness e relaxamento guiado podem ser incorporadas à rotina para reduzir o estresse e facilitar o adormecer.

Dormir bem não é um luxo

Dormir bem não é um luxo, mas sim uma necessidade fundamental para a saúde física e mental. A neuropsicologia nos ensina que o sono está diretamente ligado à memória, às emoções e ao bem-estar geral. No entanto, a insônia pode surgir em diferentes momentos da vida, muitas vezes impulsionada por estresse, hábitos inadequados ou traumas não resolvidos.

A boa notícia é que, com mudanças simples no estilo de vida e suporte terapêutico adequado, é possível restaurar a qualidade do sono e garantir noites realmente reparadoras. Técnicas como TCC, EMDR e Brainspotting são estratégias eficazes para tratar dificuldades relacionadas ao sono e proporcionar uma vida mais equilibrada e saudável.

Sou Betila Lima – Psicóloga

Formada em Psicologia desde 2007, com formação em Neuropsicologia, Terapia Cognitiva Comportamental, Terapia de EMDR e Brainspotting.

📷 Siga no Instagram: @BetilaLima
✉️ Clique e entre em contato
📱 +55 21 99533 1109

Compartilhe: