Aprender a dar limites aos comentários sobre aparência e proteger sua autoestima e saúde mental

Aprender a dar limites aos comentários sobre aparência e proteger sua autoestima e saúde mental

Aprender a dar limites é uma habilidade essencial em todas as áreas da vida, mas, muitas vezes, nos esquecemos de aplicá-la em situações cotidianas, como os comentários sobre nossa aparência. Nem sempre ouvir observações sobre o nosso corpo é confortável, mesmo quando parecem vir de um lugar de boas intenções. Saber quando e como dizer “não” é um ato de empoderamento pessoal, que promove a liberdade e o respeito por nós mesmos.

Por que é importante aprender a dar limites sobre comentários sobre a aparência?

Em muitos contextos sociais, o corpo e a aparência física ainda são tópicos frequentes de conversa. No entanto, nem sempre esses comentários são apropriados ou bem-vindos. Muitas vezes, uma frase aparentemente inofensiva pode despertar inseguranças, desconfortos ou até reativar traumas. É por isso que aprender a estabelecer limites claros é fundamental para preservar a saúde mental e o bem-estar.

Saber dizer “não” para conversas sobre o seu corpo é um passo essencial para se libertar da necessidade de aprovação externa e começar a se valorizar pelo que realmente importa: quem você é. Quando aceitamos comentários sobre nossa aparência sem reagir, permitimos que o desrespeito, mesmo que velado, continue. Por isso, é necessário aprender a se posicionar de forma firme, mas respeitosa, diante de elogios ou observações que não pedimos.

Como dizer “não” a comentários desrespeitosos sobre o corpo?

Estabelecer limites não significa ser rude, mas sim comunicar com clareza e firmeza o que você considera apropriado. Veja alguns exemplos de como responder de forma educada, porém assertiva, a comentários invasivos sobre a aparência:

  • “Que exótica!”
    “Acho interessante como cada pessoa vê o mundo de uma forma diferente, mas prefiro não ser definida por isso.”
  • “Que magra!”
    “Eu não aceito que o meu corpo seja tópico de conversa. Obrigada.”
  • “Que gordinha linda!”
    “Eu prefiro que você me chame apenas de linda, se for isso que realmente pensa.”
  • “Que baixinha!”
    “Não acho que comentar sobre a altura de alguém seja apropriado ou importante. Prefiro que a gente foque em outros aspectos nessa conversa.”

Essas respostas são exemplos de como se posicionar com respeito, mantendo a sua integridade sem criar conflitos desnecessários. O importante é transmitir a mensagem de que seu corpo e sua aparência não estão abertos para discussão.

Como a Terapia Cognitivo-Comportamental pode ajudar a dar limites?

A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) é uma ferramenta poderosa para quem deseja desenvolver habilidades de lidar com comentários desconfortáveis de forma mais rápida e assertiva. Essa abordagem terapêutica trabalha diretamente com a reestruturação dos padrões de pensamento e a modificação de comportamentos disfuncionais, o que permite maior agilidade mental para enfrentar situações incômodas.

Ao participar de sessões de TCC, você aprende a identificar pensamentos automáticos negativos ou crenças limitantes que podem surgir após ouvir um comentário desrespeitoso. Com o tempo, é possível desenvolver uma nova forma de pensar e reagir, adotando respostas mais equilibradas e autoconfiantes. Além disso, a TCC oferece estratégias práticas para treinar a assertividade, permitindo que você se expresse de maneira clara e direta, sem se sentir culpado por impor seus limites.

Quando é necessário impor limites?

Saber quando impor limites é crucial. Muitas vezes, comentários sobre a aparência são disfarçados de elogios, mas, na verdade, estão carregados de preconceitos e julgamentos. Quando esses comentários vêm de pessoas próximas, como familiares ou amigos, pode ser ainda mais desafiador estabelecer barreiras, já que o medo de causar desconforto ou criar conflitos pode nos paralisar.

Entretanto, não se trata apenas de proteger a sua autoestima, mas também de educar as pessoas ao seu redor sobre o respeito que você merece. Estabelecer limites é uma forma de autocuidado, e aprender a se posicionar de maneira assertiva é um passo fundamental para melhorar a qualidade de suas interações pessoais.

O impacto dos comentários sobre a saúde mental

A aparência física, para muitos, é uma área sensível. Comentários que envolvem o peso, a altura, ou características físicas que fogem dos padrões estéticos dominantes podem gerar sentimentos de inadequação ou inferioridade. Além disso, pessoas que enfrentam questões relacionadas à imagem corporal, como distúrbios alimentares ou baixa autoestima, podem ver esses comentários como gatilhos que reativam traumas e intensificam o sofrimento emocional.

É essencial lembrar que, por mais inocentes que esses comentários possam parecer, eles podem carregar implicações profundas para quem os ouve. A pressão social para atender a determinados padrões estéticos pode afetar gravemente a saúde mental, gerando ansiedade, depressão e até transtornos alimentares. Portanto, ao aprender a se defender desses comentários, você não está apenas cuidando de si, mas também se protegendo de impactos psicológicos de longo prazo.

Como cuidar de si e impor limites com confiança?

O primeiro passo para aprender a impor limites é o autoconhecimento. Ao reconhecer os seus sentimentos em relação ao seu corpo e à sua imagem, você pode começar a identificar quais comentários são prejudiciais e como gostaria de lidar com eles. Lembre-se de que você tem o direito de estabelecer quais assuntos são aceitáveis para conversa e quais não são.

Além disso, é importante cuidar da sua saúde mental e emocional antes que esses comentários se tornem uma fonte constante de estresse. A prática da autoaceitação e o fortalecimento da autoestima são essenciais para lidar com esse tipo de situação com confiança. Mediante exercícios diários de autovalorização e aceitação, você se sentirá mais confortável em impor limites e proteger o seu bem-estar.

Aprender a Dizer “Não” é Libertador

Dar limites não é uma tarefa fácil, especialmente quando envolve comentários sobre algo tão pessoal quanto a aparência. No entanto, é uma habilidade fundamental para preservar a sua saúde mental e emocional. Aprender a dizer “não” a conversas invasivas sobre o corpo é libertador e necessário, pois permite que você retome o controle sobre o que é discutido em sua vida.

Por fim, lembre-se: qualquer pessoa tem o direito de impor limites em relação à sua aparência. Ao fazer isso, você se posiciona como dono da sua própria narrativa e se protege contra comentários que podem ser prejudiciais, mesmo que não tenham essa intenção.

Sou Betila Lima – Psicóloga

Formada em Psicologia desde 2007, com formação em Neuropsicologia, Terapia Cognitiva Comportamental, Terapia de EMDR e Brainspotting.

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