Amizades que duram mais de 7 anos – um brinde a elas 🥂

Amizades que duram mais de 7 anos – um brinde a elas 🥂

Amizades que ultrapassam a marca dos sete anos têm grandes chances de se tornarem laços para a vida inteira. Essa crença, amplamente disseminada, sugere que os relacionamentos que sobrevivem aos altos e baixos iniciais tendem a resistir ao tempo, especialmente após a maturidade emocional que vem com o desenvolvimento do córtex pré-frontal, geralmente por volta dos 25 anos. Então, se você está abaixo dessa idade, talvez a duração das suas amizades ainda esteja em fase de teste. Mas, se já encontrou aquele amigo de longa data, que tal fazer um brinde a ele?

O processo de uma amizade duradoura é como um filtro de relações. Ao longo dos primeiros anos, nem todos passam pela peneira, mas aqueles que ficam, compartilham momentos épicos. É nessa fase que nascem as memórias inesquecíveis, aquelas que são quase impossíveis de serem esquecidas – como ensinar a dirigir, quase bater o carro, ou aqueles episódios memoráveis de festa que vocês só mencionam por códigos.

Mas, por que algumas amizades conseguem vencer o tempo, enquanto outras se dissipam? Esse mistério envolve tanto as nossas necessidades emocionais quanto as experiências que cada amizade nos proporciona. Muitas vezes, esperamos que toda amizade intensa dure para sempre, mas a realidade pode ser bem diferente: o fim de uma amizade pode ser tão impactante quanto o seu início.

O que as amizades passageiras nos ensinam?

Mesmo as amizades que não duram podem ser incrivelmente valiosas. Cada amigo que passa pela nossa vida deixa um legado, uma história e, mais importante, uma lição. É comum que essas relações temporárias nos ensinem sobre o mundo e, ainda mais, sobre nós mesmos. Elas expandem nosso repertório de vivências e nos ajudam a enxergar aspectos de nossa personalidade e limites que talvez nunca descobriríamos sozinhos.

Na idade adulta, já entendemos que nem todos os relacionamentos são feitos para durar. A vida, afinal, não é um conto de fadas, e o famoso “felizes para sempre” nem sempre se aplica aos amigos. Mas isso não significa que devemos menosprezar os momentos felizes que vivemos. Escolher valorizar as boas lembranças, mesmo que o amigo tenha se afastado ou mudado, é uma forma saudável de preservar o que aquela amizade significou.

Celebrando as amizades que resistem ao tempo

Por outro lado, há aqueles que ficam e se tornam quase uma extensão de nós mesmos. Essas são as amizades que duram mais de sete anos, aquelas que resistem ao tempo, mudanças e desafios. Esse tipo de vínculo merece ser celebrado, pois são essas pessoas que, além de testemunharem nossa trajetória, nos ajudam a construir quem somos.

Muitas vezes, são esses amigos que nos dão suporte nos momentos mais difíceis, compartilham das nossas vitórias e nos encorajam a sermos melhores. Eles são as pessoas que entendem nossas piadas internas, lembram de histórias antigas e sabem nossos segredos – são eles que podemos, com orgulho, chamar de família escolhida. Então, se você tem alguém assim em sua vida, essa é uma oportunidade de agradecer e reconhecer a importância desse amigo.

Como a terapia pode ajudar a lidar com as relações de amizade?

Manter amizades, especialmente as mais longas, exige um certo nível de inteligência emocional e autoconhecimento. À medida que a vida avança, muitos amigos podem se afastar devido a mudanças de interesses, responsabilidades ou até mesmo distâncias geográficas. Essa adaptação pode ser dolorosa, e a ausência de um amigo próximo pode gerar um vazio significativo. Em momentos assim, buscar o auxílio de terapias como a cognitivo-comportamental, EMDR (Eye Movement Desensitization and Reprocessing) e Brainspotting pode ser uma maneira eficaz de lidar com a saudade e ressignificar a experiência.

Essas técnicas terapêuticas são excelentes para ajudar a processar emoções complexas e, principalmente, aprender a aceitar o ciclo natural dos relacionamentos. A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), por exemplo, auxilia a reestruturar pensamentos negativos e padrões comportamentais prejudiciais, ajudando a pessoa a enxergar o fim de uma amizade de forma mais saudável. O EMDR, por outro lado, é muito eficaz para processar memórias dolorosas e traumas, permitindo que a pessoa lide melhor com as perdas afetivas. Já o Brainspotting é uma técnica poderosa para acessar e liberar emoções armazenadas em níveis profundos da mente, facilitando a cura emocional.

Essas ferramentas terapêuticas podem não só ajudar na superação de amizades que não duraram, mas também fortalecer os laços daqueles que estão destinados a permanecer. Ao desenvolver autoconhecimento e uma melhor gestão emocional, estamos mais aptos a nutrir relações saudáveis e duradouras.

Por que as amizades de longa data são tão importantes?

As amizades duradouras são fonte de apoio e constância em nossas vidas. Elas testemunham nossa evolução, compartilham das nossas memórias mais antigas e, muitas vezes, representam um refúgio nas fases difíceis. Com amigos de longa data, não há necessidade de explicações, pois eles conhecem nossos altos e baixos. Esses amigos fazem parte de quem somos e refletem parte da nossa própria identidade.

Investir nessas amizades pode ser mais do que prazeroso – é uma forma de preservar uma rede de apoio sólida e de confiança, essencial para o nosso bem-estar emocional. Afinal, como dizem, amigos são a família que escolhemos.

Dicas para cultivar amizades duradouras

Se você deseja que suas amizades ultrapassem essa marca de sete anos e durem para sempre, alguns hábitos podem ajudar:

  1. Mantenha o contato – Não espere uma ocasião especial para falar com seus amigos. Uma mensagem, ligação ou encontro ocasional ajuda a manter o vínculo ativo.
  2. Seja honesto e transparente – A base de qualquer amizade sólida é a confiança. Seja claro sobre seus sentimentos e expectativas.
  3. Demonstre gratidão – Valorizar os momentos e demonstrar gratidão fortalece a relação. Pequenos gestos de carinho fazem a diferença.
  4. Respeite as diferenças – Nem todos os amigos serão exatamente como nós, e isso é o que enriquece a relação. Respeitar as diferenças cria uma conexão mais profunda e duradoura.

Então, celebre as amizades que ultrapassaram o filtro dos sete anos e brinde a cada momento especial compartilhado. Afinal, essas são as conexões que nos acompanham e deixam marcas para sempre em nossas vidas. E se você tem aquele amigo especial que já passou por todas as fases e ficou ao seu lado, não perca a chance de enviar esse texto para ele – afinal, algumas amizades merecem ser eternas. 🍀

Ainda sobre Amizades…

O que é uma amizade de qualidade e quais características ela precisa ter?

Uma amizade de qualidade vai muito além da simples convivência ou do tempo que se passa junto. Esse tipo de relação é construído sobre uma base sólida de respeito, apoio e confiança mútua. Amizades verdadeiras são marcadas pela capacidade de compartilhar momentos de felicidade, mas também de estar presente em situações difíceis. Abaixo, estão algumas das principais características que uma amizade de qualidade deve ter:

  1. Confiança – A confiança é o alicerce de qualquer amizade verdadeira. Em uma amizade de qualidade, os amigos podem contar segredos, abrir o coração e se expor sem medo de julgamentos ou traições.
  2. Lealdade – Assim como a confiança, a lealdade fortalece a amizade. Ser leal significa estar ao lado da pessoa em qualquer circunstância, oferecendo suporte emocional e defendendo o amigo quando necessário.
  3. Empatia – Amigos de verdade se colocam no lugar do outro, compreendem seus sentimentos e buscam ajudar de forma genuína. A empatia fortalece a conexão, permitindo que o outro se sinta compreendido e acolhido.
  4. Comunicação sincera – Amizades de qualidade não se sustentam apenas com elogios; é preciso honestidade para lidar com questões delicadas e ajudar o outro a crescer. Uma comunicação sincera permite que ambos evoluam juntos.
  5. Respeito às diferenças – É comum que amigos tenham personalidades, gostos e opiniões diferentes. O respeito por essas diferenças é o que torna a relação mais rica e completa, permitindo que cada um aprenda com o outro.

Essas características tornam a amizade um relacionamento saudável e duradouro. Em uma amizade de qualidade, os amigos não precisam estar juntos o tempo todo para saber que podem contar um com o outro sempre que precisarem. Isso cria um laço que resiste ao tempo e às adversidades, pois é construído com base em valores sólidos e reciprocidade.

Quando o colega já pode virar amigo?

Nem toda pessoa com quem convivemos diariamente chega ao status de amigo. Muitas vezes, temos colegas na escola, no trabalho ou em outras áreas da vida com quem desenvolvemos uma relação amigável, mas que não necessariamente se transforma em uma amizade. Mas, então, como saber quando um colega já pode ser considerado um amigo?

  1. Interesse genuíno – O primeiro sinal de que um colega pode se tornar um amigo é quando há um interesse verdadeiro na vida um do outro, que vai além das superficialidades do dia a dia. Quando o colega começa a se interessar pela sua vida pessoal, a ouvir e a compartilhar histórias, surge uma base para a amizade.
  2. Confiança – Se você percebe que pode contar com aquela pessoa, mesmo em momentos difíceis, e ela está disposta a ajudar sem esperar nada em troca, o colega pode estar se tornando um amigo. A confiança é um divisor de águas entre colegas e amigos.
  3. Apoio e reciprocidade – Quando há uma troca de apoio emocional e interesse mútuo, a relação está avançando para um novo nível. O amigo é aquele que está presente não só para celebrar as vitórias, mas também para dar força nas dificuldades.
  4. Momentos fora do ambiente habitual – Quando começam a surgir convites para sair e passar tempo juntos fora do ambiente de convivência habitual (como trabalho ou estudo), a amizade está se formando. Essas interações espontâneas e descontraídas ajudam a fortalecer o vínculo.

A transição de colega para amigo acontece de forma natural, sem pressões, conforme a conexão se aprofunda. É importante dar espaço para que essa relação se desenvolva e entender que nem todo colega vai se tornar um amigo próximo, e tudo bem. A amizade precisa acontecer de forma mútua e sincera.

Quando o amigo, infelizmente, tem que virar colega

Às vezes, uma amizade passa por situações que acabam alterando a natureza do relacionamento. Em alguns casos, isso significa que aquele amigo próximo precisa se tornar apenas um colega. Esse processo pode ser doloroso, mas, em certas situações, é necessário para preservar a própria saúde mental e emocional. Mas como saber quando isso precisa acontecer?

Falta de reciprocidade

Em uma amizade saudável, ambos os lados se dedicam e se apoiam. Quando apenas uma pessoa está investindo na relação e o outro não demonstra o mesmo interesse, o relacionamento pode se desgastar. Nesses casos, pode ser necessário reavaliar a amizade e talvez transformá-la em uma relação mais superficial.

Desrespeito e julgamentos constantes

Um amigo verdadeiro respeita suas opiniões, escolhas e modo de vida. Quando a amizade é marcada por críticas, julgamentos e falta de apoio, isso pode ser um sinal de que o relacionamento está se tornando prejudicial. Manter essa pessoa apenas como colega pode ser uma forma de proteger sua autoestima e seu bem-estar.

Divergências de valores

À medida que as pessoas evoluem, é natural que mudem alguns de seus valores e prioridades. No entanto, quando essas mudanças criam um conflito intenso e irreconciliável, a amizade pode se tornar insustentável. Nessas circunstâncias, é possível manter uma convivência cordial sem a proximidade que a amizade exige.

Conflitos e falta de resolução

Discussões e desentendimentos são comuns em qualquer relacionamento, mas a incapacidade de resolver esses conflitos pode minar uma amizade. Se o amigo não demonstra interesse em resolver as diferenças, manter o vínculo de forma mais distanciada pode ser uma solução.

Transformar um amigo em colega é uma decisão difícil, mas, em alguns casos, é a melhor escolha para preservar sua saúde emocional. Nesses momentos, é importante lembrar que não há problema em deixar ir aquilo que já não contribui para o seu crescimento e felicidade. Preservar boas memórias e ser grato pelo que a amizade proporcionou é uma forma saudável de lidar com essa transição.

O que a neuropsicologia nos diz sobre amizades?

A neuropsicologia, ciência que estuda as relações entre o cérebro e o comportamento, tem revelado informações fascinantes sobre como as amizades afetam nossas mentes e corpos. As conexões sociais desempenham um papel vital para a saúde mental e o bem-estar emocional, influenciando áreas do cérebro ligadas ao prazer, recompensa e regulação do estresse. Aqui estão alguns insights importantes que a neuropsicologia oferece sobre as amizades:

Amizades ativam o sistema de recompensa

A presença de amigos ativa regiões cerebrais como o córtex pré-frontal e o núcleo accumbens, que estão associados ao sistema de recompensa. Esse efeito explica por que o tempo com amigos é tão prazeroso. A liberação de dopamina, conhecida como “hormônio do prazer”, ocorre em resposta a interações sociais positivas, o que nos faz querer repetir essas experiências e reforça a conexão com amigos próximos.

Redução do estresse e ansiedade

Estudos mostram que amizades próximas ajudam a regular os níveis de cortisol, o hormônio do estresse, no corpo. A interação com pessoas de confiança e que oferecem apoio emocional tem o poder de reduzir a ansiedade e proporcionar uma sensação de segurança. Esse efeito é ainda mais notável em situações difíceis, nas quais o simples fato de estar ao lado de um amigo reduz significativamente a tensão emocional.

Impacto positivo na saúde mental e na longevidade

Manter amizades duradouras é uma forma eficaz de preservar a saúde mental ao longo da vida. Amizades sólidas ajudam a prevenir quadros de depressão, ansiedade e até demência, pois estimulam o cérebro e incentivam a pessoa a se manter ativa social e cognitivamente. Além disso, pesquisas sugerem que ter uma rede social de apoio contribui para a longevidade, reduzindo o risco de doenças cardiovasculares e fortalecendo o sistema imunológico.

Apoio na autorregulação emocional

Amizades saudáveis são como um espelho para nosso próprio comportamento, ajudando-nos a refletir sobre nossas emoções e a desenvolver autoconhecimento. Neurocientistas afirmam que, ao compartilhar pensamentos e sentimentos com amigos, ativamos áreas do cérebro associadas ao processamento emocional, como a amígdala e o córtex cingulado anterior. Esse processo facilita a autorregulação emocional e contribui para o amadurecimento pessoal.

Fortalecimento do córtex pré-frontal

A amizade é especialmente benéfica durante a adolescência e o início da vida adulta, quando o córtex pré-frontal, responsável por funções como planejamento, julgamento e controle emocional, ainda está em desenvolvimento. Estudos mostram que a interação social saudável nessa fase ajuda a fortalecer essa região do cérebro, promovendo uma maior resiliência emocional e uma melhor capacidade de lidar com desafios futuros.

Esses insights neuropsicológicos reforçam o poder das amizades para promover bem-estar e saúde em diversas esferas da vida. Ao compreender como as amizades impactam nossa mente e nosso corpo, valorizamos ainda mais esses laços e buscamos cultivar relações que, além de prazer, também nos proporcionam um crescimento saudável e duradouro.

Sou Betila Lima – Psicóloga

Formada em Psicologia desde 2007, com formação em Neuropsicologia, Terapia Cognitiva Comportamental, Terapia de EMDR e Brainspotting.

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