A vergonha, um sentimento muitas vezes negligenciado, desempenha um papel crucial na formação do nosso self central primitivo, como destacado por John Conger. Portanto, este artigo explora a complexidade desse emocionar, suas ramificações no corpo e mente. Bem como, a importância de reconhecer e tratar adequadamente essa emoção.
A Camuflagem da Vergonha
Muitas vezes, ao nos depararmos com a vergonha, tentamos encobri-la com outros sentimentos, como medo, raiva, ansiedade ou masoquismo. Esse mecanismo de defesa dificulta o diagnóstico e tratamento eficaz, pois aborda apenas a consequência, não a raiz do problema.
O Impacto no Corpo
Estudos de ressonância magnética revelam que imagens de rostos amigáveis ativam o córtex pré-frontal, gerando bem-estar. No entanto, para aqueles que vivenciam traumas ou vergonha, a mesma imagem pode desencadear medo e imobilidade, evidenciando alterações na matéria cinzenta periaquedutal do tronco cerebral.
“A vergonha quebra a formação de um self central primitivo, o que se reflete no corpo por uma impossibilidade de se enraizar, estabelecer bons limites, por uma respiração restrita, uma perda de diversidade emocional e um enfraquecimento no desejo de se presentificar”
John Conger
As Múltiplas Faces da Vergonha
O dicionário Priberam apresenta cinco classificações para vergonha, sendo a última especialmente intrigante: “Receio da desonra.” Aqui, a desonra é infligida pelo próprio indivíduo, ou seja, distorcendo suas qualidades e assumindo o papel que, em sua mente, outros desempenhariam se falassem sem pudor.
Autocompaixão como Tratamento
Para restaurar a formação do self central primitivo, é imperativo desenvolver a autocompaixão. Respeitar cada passo desse processo é crucial, pois a vergonha não se instaura rapidamente. Portanto, o paciente requer um processo gradual e acompanhamento para diagnóstico e tratamento eficazes.
A Importância do Acompanhamento Profissional
Dado que a vergonha é um processo gradual, o acompanhamento profissional é essencial. Dessa forma, nós profissionais capacitados podemos identificar nuances, proporcionar suporte emocional e guiar o paciente no caminho da recuperação.
Psicoterapia é o caminho para autonomia emocional
Me chamo Betila Lima, sou formada em Psicologia desde 2007, com formação em Neuropsicologia, Terapia Cognitiva Comportamental, Avaliação Psicológica, Terapia de EMDR e Brainspotting. Por fim, para iniciar seu atendimento, entre em contato e agende a sua primeira sessão através do Whatsapp ou através do formulário de contato.
Beijos da Be! 💜
Conclusão
Em suma, a vergonha, longe de ser frescura ou fragilidade, é uma emoção profunda com impactos substanciais no corpo e na mente. Reconhecer e tratar essa emoção é fundamental para o restabelecimento do self central primitivo. Bem como, a autocompaixão e o acompanhamento profissional desempenham papéis cruciais nesse processo de cura.